Acerca do Incenso Japonês
Incenso — do latim Incendere, "queimar" — é composto por materiais aromáticos chamados bióticos (originado por seres vivos — no caso, plantas) que libertam, quando queimados, um aroma perfumado. O incenso refere-se à substância em si, mais do que ao cheiro que ela produz. É usado em cerimónias religiosas, rituais de purificação, aromaterapias, meditação, para alcançar um estado de espírito e para mascarar algum mau odor. O uso do incenso tem origem no Antigo Egipto, onde as resinas de goma e resinas oleosas de árvores aromáticas foram importadas das costas da Arábia e Somália para serem usadas em cerimónias religiosas.
O incenso é composto por materiais provenientes de plantas aromáticas, muitas vezes combinados com óleos essenciais. As formas do incenso tem mudado com os avanços da tecnologia, diferenças de cultura subjacente e na diversidade das razões para o queimar. Os dois principais tipos geralmente podem ser divididos em queima indirecta e queima directa. O incenso de queima indirecta, também chamado de incenso não-combustível, requer uma fonte separada de calor uma vez que não é capaz de combustão. O incenso de queima directa, também chamado de incenso combustível, é aceso diretamente por uma chama e a brasa do incenso, ao arder, liberta a fragrância. Exemplos de incenso de queima directa são as varas de incenso cones ou pirâmides.
Históricamente o incenso foi usado por culturas chinesas desde o período neolítico, tornando-se o seu uso mais difundido durante as dinastias Xia, Shang e Zhou. O primeiro exemplo documentado formal de utilização de incensos relata o uso de um incenso composto de ervas e produtos vegetais (como cássia, canela, styrax, sândalo, entre outros) como um componente de ritos cerimoniais. Mais tarde os hindus adotaram o uso do incenso, adaptando a formulação para abranger raízes aromáticas e outros componentes da flora indiana.
A entrada do incenso na cultura japonesa remonta ao ano de 754 por Ganjin, o monge budista chinês que introduziu o Budismo no Japão. A sua contribuição para a história do desenvolvimento da cultura do incenso — Koh — no Japão foi notória, nomeadamente com a sua utilização medicinal e uma habilidade especial no fabrico de bolinhas de incenso mistura — Nerikoh.